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Novos medicamentos: Política de parcerias eleva produção de biossimilares ( Valor Econômico )
Jornalista: Dauro Veras
27/09/19 - O Brasil importa anualmente em tomo de R$ 4 bilhões em biofármacos. Produzidos pela manipulação genética de bio-organismos, eles são vitais para pacientes com doenças crônicas como câncer, artrite reumatoide, Alzheimer e esclerose múltipla. Para reduzir a dependência externa, o governo federal adotou em 2014 a estratégia de incentivar a produção de biossimilares via acordos de transferência de tecnologia, as chamadas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs). Atualmente há 87 parcerias vigentes, que irão resultar em novos remédios biológicos para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos anos.
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação Oswaldo Cruz, fornece seis biofármacos ao Ministério da Saúde. No final de agosto, a instituição distribuiu 688 mil seringas de seu primeiro biossimilar, o Etanercepte, indicado para artrite reumatoide, espondilite anquilosante e artrite psoriásica. O fármaco resulta de arranjo produtivo com a sul-coreana Samsung Bioepis e com a Bionovis, joint venture dos laboratórios Aché, EMS, Hypera Pharma e União Química. Em 2020 e 2021, Bio-Manguinhos vai lançar novos biofármacos para câncer e doenças auto-imunes, informa a vice-diretora de qualidade, Rosane Cuber.
A Bionovis participa da distribuição de três biossimilares no mercado local. Com sete drogas na linha de desenvolvimento, a companhia prevê para 2022 o início da produção local de seus primeiros medicamentos na fábrica de Valinhos (SP), que recebeu investimentos de R$ 220 milhões. Entre os produtos previstos incluem-se o Trastuzumab, para câncer de mama e gástrico, e o Rituximab, para leucemia linfoide crônica e outras enfermidades. “Queremos nos tornar uma empresa global em dez anos”, diz seu presidente, Odnir Finotti. “Sem ufanismo, a PDP é uma das políticas mais inteligentes da área de saúde que o Brasil já executou”, diz.
Em agosto o Laboratório Cristália, de capital brasileiro, inaugurou em Itapira (SP) a primeira farmoquímica oncológica do país, um investimento de R$ 150 milhões. A nova unidade industrial produz seis insumos farmacêuticos ativos (IFAs) de alta potência, matérias-primas que eram praticamente todas importadas. Nas próximas semanas a empresa vai lançar no mercado a somatropina, primeiro biossimilar brasileiro do hormônio do crescimento humano. “Esse hormônio, como nossos demais produtos biotecnológicos, fala português”, diz o diretor-presidente Ogari Pacheco.
Em 2016 a empresa registrou a “colagenase animal free”, enzima produzida a partir de cultura vegetal que é princípio ativo de pomadas para tratar úlceras, queimaduras e feridas. Foi o primeiro medicamento biológico derivado da biodiversidade brasileira com registro na Anvisa, com patentes concedidas nos Estados Unidos e Europa.
Até 2021 o desenvolvimento de biofármacos deve movimentar mais de US$ 300 bilhões em investimentos globais, segundo a consultoria Deloitte. A fronteira científica atual são os anticorpos monoclonais, chamados de “medicamentos inteligentes” por atuarem em características específicas das enfermidades.
Novos medicamentos: Política de parcerias eleva produção de biossimilares ( Valor Econômico )
Jornalista: Dauro Veras
27/09/19 - O Brasil importa anualmente em tomo de R$ 4 bilhões em biofármacos. Produzidos pela manipulação genética de bio-organismos, eles são vitais para pacientes com doenças crônicas como câncer, artrite reumatoide, Alzheimer e esclerose múltipla. Para reduzir a dependência externa, o governo federal adotou em 2014 a estratégia de incentivar a produção de biossimilares via acordos de transferência de tecnologia, as chamadas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs). Atualmente há 87 parcerias vigentes, que irão resultar em novos remédios biológicos para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos anos.
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação Oswaldo Cruz, fornece seis biofármacos ao Ministério da Saúde. No final de agosto, a instituição distribuiu 688 mil seringas de seu primeiro biossimilar, o Etanercepte, indicado para artrite reumatoide, espondilite anquilosante e artrite psoriásica. O fármaco resulta de arranjo produtivo com a sul-coreana Samsung Bioepis e com a Bionovis, joint venture dos laboratórios Aché, EMS, Hypera Pharma e União Química. Em 2020 e 2021, Bio-Manguinhos vai lançar novos biofármacos para câncer e doenças auto-imunes, informa a vice-diretora de qualidade, Rosane Cuber.
A Bionovis participa da distribuição de três biossimilares no mercado local. Com sete drogas na linha de desenvolvimento, a companhia prevê para 2022 o início da produção local de seus primeiros medicamentos na fábrica de Valinhos (SP), que recebeu investimentos de R$ 220 milhões. Entre os produtos previstos incluem-se o Trastuzumab, para câncer de mama e gástrico, e o Rituximab, para leucemia linfoide crônica e outras enfermidades. “Queremos nos tornar uma empresa global em dez anos”, diz seu presidente, Odnir Finotti. “Sem ufanismo, a PDP é uma das políticas mais inteligentes da área de saúde que o Brasil já executou”, diz.
Em agosto o Laboratório Cristália, de capital brasileiro, inaugurou em Itapira (SP) a primeira farmoquímica oncológica do país, um investimento de R$ 150 milhões. A nova unidade industrial produz seis insumos farmacêuticos ativos (IFAs) de alta potência, matérias-primas que eram praticamente todas importadas. Nas próximas semanas a empresa vai lançar no mercado a somatropina, primeiro biossimilar brasileiro do hormônio do crescimento humano. “Esse hormônio, como nossos demais produtos biotecnológicos, fala português”, diz o diretor-presidente Ogari Pacheco.
Em 2016 a empresa registrou a “colagenase animal free”, enzima produzida a partir de cultura vegetal que é princípio ativo de pomadas para tratar úlceras, queimaduras e feridas. Foi o primeiro medicamento biológico derivado da biodiversidade brasileira com registro na Anvisa, com patentes concedidas nos Estados Unidos e Europa.
Até 2021 o desenvolvimento de biofármacos deve movimentar mais de US$ 300 bilhões em investimentos globais, segundo a consultoria Deloitte. A fronteira científica atual são os anticorpos monoclonais, chamados de “medicamentos inteligentes” por atuarem em características específicas das enfermidades.