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Farmanguinhos dividirá com a Fundação Baiana de Pesquisa Científica, Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) a produção de dois medicamentos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS): o Sevelamer 800 mg, usado por pacientes com Doença Renal Crônica, e o Cabergolina 0,5 mg, para tratamento da hiperprolactinemia (excesso de produção do hormônio feminino prolactina). A parceria já foi autorizada pelo Ministério da Saúde e as instituições discutem detalhes sobre a estratégia. Além de garantir o fornecimento da rede pública de saúde, a iniciativa deve gerar uma economia de R$ 210 milhões ao longo dos cinco anos da parceria.

O acordo foi assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a cerimônia de restabelecimento da Bahiafarma, em 2011. A tecnologia para produção dos medicamentos e do insumo farmacêutico ativo será repassado pela indústria privada nacional Cristália. Os recursos serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelo governo do estado da Bahia, conforme o cumprimento do cronograma até 2015.

Os dois medicamentos atenderão a 100% da demanda nacional. Ao todo, está prevista uma produção anual de 64 milhões de unidades farmacêuticas de Sevelamer, durante os cinco da parceria. Já o Cabergolina terá produção de 1.150.000 unidades farmacêuticas por      ano. Inicialmente os medicamentos serão totalmente produzidos na Cristália. A previsão é de que a partir do quarto ano da parceria Farmanguinhos e Bahiafarma produzam metade da demanda do Ministério da Saúde.

O convênio prevê a transferência de todo o ciclo tecnológico, desde a produção do fármaco até o produto final. Dessa forma, a iniciativa vem ao encontro da política de saúde pública brasileira a fim de prover o SUS com medicamentos essenciais para tratamento dessas doenças. Além disso, a parceria tem como objetivo fortalecer a indústria nacional e contribuir para reduzir a dependência brasileira do mercado internacional de medicamentos e insumos farmacêuticos.

Extinta em 1999, o restabelecimento da Bahiafarma representa um novo produtor público no mercado da saúde. A medida também contribui para a descentralização da produção nacional da indústria farmacêutica e farmoquímica para a região Nordeste, gerando empregos diretos e indiretos para aquela parte do Brasil.

As duas parcerias fortalecem o complexo industrial brasileiro e incentivam a transferência de tecnologia de todo o processo, com produção local de fármacos, que atendem ao SUS e que serão exportados para o mercado internacional.

O sevelamer é usado no tratamento da Doença Renal Crônica. E indicado para reduzir as concentrações séricas de fósforo em pacientes com a doença em estágio final (ESRD), e em hemodiálise. Em pacientes em hemodiálise, o medicamento diminui a incidência relativa de episódios de hipercalcemia, quando comparada ao tratamento com sais de cálcio. A segurança e eficácia em pacientes com ESRD que não estão em hemodiálise, ainda não foram estudados.

Já o Cabergolina é usado contra distúrbios hiperprolactinêmicos e em situações em que a inibição da lactação fisiológica imediatamente após o parto e/ou a supressão da lactação já estabelecida são clinicamente mandatórias. É indicado também a pacientes com adenomas hipofisários secretores de prolactina, hiperprolactinemia idiopática ou síndrome da sela vazia com hiperprolactinemia associada.

 

Reportagem: Fiocruz

Autor: Alexandre Matos

21/01/2013

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Negócios Farma Farmacêutica Institucional

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