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Confira abaixo a íntegra da matéria postada pelo Diário do RIO. Link: Cientistas da UFRJ desenvolvem medicamento inovador que pode reverter lesão medular - Diário do Rio de Janeiro 


Um estudo conduzido ao longo de 25 anos por uma pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) resultou em um medicamento experimental capaz de promover a regeneração da medula espinhal em casos de lesão. O fármaco, batizado de polilaminina, foi desenvolvido a partir da proteína laminina, extraída da placenta, e apresentou resultados promissores em voluntários.


A pesquisa é liderada pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular do Instituto de Ciências Biomédicas. Em fase experimental, alguns pacientes lesionados que receberam a polilaminina conseguiram recuperar movimentos, de forma total ou parcial.

A polilaminina atua estimulando neurônios maduros a rejuvenescer e criar novos axônios, responsáveis por transmitir os impulsos elétricos do corpo. O composto é aplicado diretamente na coluna, e nos testes realizados, os efeitos chegaram a surgir em poucas semanas.


Durante uma apresentação em São Paulo, voluntários relataram melhora significativa. A atleta paralímpica Hawanna Cruz Ribeiro, por exemplo, disse ter recuperado até 70% do controle do tronco após o tratamento. Já Bruno Drummond de Freitas contou que voltou a se movimentar completamente cinco meses depois de um acidente que havia causado paralisia do pescoço para baixo.


Quais foram os resultados observados até agora?

Nos testes, foram observados:

Recuperação parcial ou total de movimentos em pacientes;

Melhora da sensibilidade corporal;

Ausência de efeitos colaterais relatados;

Resultados positivos também em animais, como cães e ratos

Especialistas ressaltam, no entanto, que ainda é cedo para confirmar eficácia em larga escala.

Quando o medicamento poderá ser usado no Brasil?


O estudo agora aguarda a liberação da Anvisa para avançar para uma fase mais ampla de testes clínicos em seres humanos. Hospitais como o Hospital das Clínicas e a Santa Casa, em São Paulo, já estão preparados para aplicar o tratamento assim que houver autorização.

Enquanto isso, a expectativa da comunidade científica é grande, mas com cautela. Pesquisadores lembram que a ciência é um processo demorado e que os resultados, embora animadores, ainda precisam de comprovação regulatória antes de se tornarem realidade para pacientes com lesões medulares.

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Polilaminina UFRJ