Loading...


<p><br></p><p>Confira abaixo a íntegra da matéria postada pela Veja Rio. Link:&nbsp;<a href="https://vejario.abril.com.br/cidade/polilamina-estudo-ufrj-devolveu-movimentos-pacientes/">Polilaminina: como estudo da UFRJ devolveu movimentos de pacientes | VEJA RIO</a>&nbsp;</p><p><br></p><p class="pf0"><span class="cf0">Uma descoberta da academia carioca enche de orgulho um país inteiro.</span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">A pesquisadora brasileira Tatiana Coelho de Sampaio, professora doutora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se aprofundou em silêncio com uma equipe de biólogos, nos últimos 25 anos, sobre a proteína laminina, extraída da placenta, que atua no sistema nervoso.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0">Os estudos acabaram gerando o atual medicamento </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0">, uma novidade mundial, apresentada nesta terça (9) pelo laboratório </span><span class="cf0">Cristália</span><span class="cf0">, capaz de regenerar a medula em pessoas que tiveram rompimento do órgão em acidentes de diversas naturezas e que acabaram resultando em paraplegia </span><span class="cf1">—</span><span class="cf0"> </span><span class="cf1">paralisa dos membros inferiores— ou tetraplegia —paralisia de membros inferiores e superiores.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf1">A subst</span><span class="cf0">ância é aplicada diretamente na coluna e, nos testes acadêmicos, pacientes tiveram recuperação total de seus quadros, sem sequelas, podendo retomar a antiga rotina sem restrições. </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">Há quase três anos, o laboratório aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer o estudo clínico regulatório ampliado do medicamento. A expectativa, agora, é de que a autorização seja dada em até um mês.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"> </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">A Anvisa, por sua vez, aguarda os dados complementares do laboratório sobre os estudos pré-clínicos. “Os dados submetidos até o momento referem-se aos estudos iniciais da fase não clínica, sem uso em seres humanos. Ou seja, não há solicitação referente a este estudo aguardando aprovação da Anvisa. Existe um processo ainda com dados que precisam ser complementados pela empresa”, afirmou o órgão em nota. </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><u><span class="cf0">Como a </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0"> funciona</span></u></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">A </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0"> é capaz de estimular neurônios maduros, que não iriam mais se desenvolver, a rejuvenescerem e a criarem novos axônios </span><span class="cf1">—fios fin</span><span class="cf0">íssimos que transportam os impulsos elétricos pelo corpo. </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">Na apresentação do fármaco, dois dos oito voluntários que passaram pelo procedimento em estudo acadêmico clínico, aprovado pelos órgãos éticos, e que tinham lesões que haviam comprometido movimentos, estavam presentes. Uma delas era a atleta paralímpica de </span><span class="cf0">rugby</span><span class="cf0"> </span><span class="cf0">Hawanna</span><span class="cf0"> Cruz Ribeiro, 27, que ficou tetraplégica em 2017 após uma queda de dez metros de altura. Na época, ela perdeu os movimentos do pescoço para baixo e, três anos depois, recebeu a aplicação da </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0">.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"> </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">“Recuperei entre 60% e 70% do controle do meu tronco. Sinto que a sensibilidade na minha bexiga voltou, mas ainda não sou independente nessa questão. Não tenho nenhuma dúvida da minha melhora”, afirmou.</span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">O outro voluntário, Bruno Drummond de Freitas, 31, lembra de ter o corpo completamente paralisado do pescoço para baixo após um acidente de trânsito. Ele recebeu a </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0"> 24 horas depois desse trauma.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"> </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">“Em cinco meses, mais ou menos, eu já estava completamente recuperado. Tenho uma rotina normal, faço esportes e não passo mais por nenhum tipo de tratamento”, contou. </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">Na aplicação em cães que tiveram lesões não provocadas, os resultados também impressionaram os pesquisadores, com a retomada total da marcha naqueles que tiveram o órgão neural rompido. Em ratos de laboratório, os efeitos da aplicação aconteciam em 24 horas. O medicamento já está sendo produzido na planta de biotecnologia do </span><span class="cf0">Cristália</span><span class="cf0">, a partir de placenta doada por mulheres saudáveis que são acompanhadas durante toda a gravidez.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"> </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">Até agora, não havia método efetivo para que o tecido nervoso fosse renovado. Isso prova que o feito é extremamente importante para a humanidade. </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">“O que me dá segurança é o retorno e a interação com quem está a minha volta e os resultados que estamos vendo. Tento fazer o meu melhor”, disse a pesquisadora Tatiana Coelho de Sampaio.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"> </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">Os estudiosos afirmam que a medicação, comprovadamente, não causa nenhum dano colateral e passará por mais testes após a aprovação da Anvisa. Lesões mais antigas também são impactadas com o medicamento, segundo os pesquisadores, mas o resultado depende do comprometimento do paciente com o pós-operatório.</span></p><p class="pf0"><span class="cf0"><br></span></p><p class="pf0"><span class="cf0"> </span></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">O processo de patente do medicamento e seu ineditismo mundial já foi instalado, mas pode demorar ainda vários anos para se concretizar. Todas as duplicações dos estudos, em laboratórios de onde foi desenvolvida a pesquisa, foram realizados e confirmaram a efetividade do método. </span></p><p class="pf0"></p><p></p><p class="pf0"></p><p></p><p class="pf0"><span class="cf0">A divulgação do estudo científico está sendo postergada, segundo os envolvidos na pesquisa com a </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0">, para proteger o ineditismo e o impacto do método. </span></p><p> </p>
Compartilhe
Tags
Polilaminina UFRJ placenta