Loading...


<p><br></p><p>Confira abaixo a íntegra da matéria postada pelo Super Interessante. Link:&nbsp;<a href="https://super.abril.com.br/ciencia/como-funciona-o-medicamento-brasileiro-que-pode-ajudar-a-recuperar-movimentos-apos-lesoes-na-medula/">Como funciona o medicamento brasileiro que pode ajudar a recuperar movimentos após lesões na medula | Super</a></p><p><br></p><p class="pf0"><span class="cf0">Uma proteína extraída da placenta humana pode abrir um novo caminho no tratamento de lesões na medula espinhal, condição que frequentemente leva à paraplegia (paralisia dos membros inferiores) ou </span><span class="cf0">tetrplegia</span><span class="cf0"> (paralisia de braços e pernas).</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"><span class="cf0">Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o laboratório farmacêutico </span><span class="cf0">Cristália</span><span class="cf0">, desenvolveram a </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0">, um medicamento experimental que apresentou resultados promissores em pacientes e animais.&nbsp;</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">A substância tem como base a laminina, proteína presente no corpo desde a fase embrionária. A principal função dessa molécula é formar uma espécie de malha tridimensional que facilita a comunicação entre os neurônios.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"><span class="cf0">Segundo os cientistas, quando reintroduzida no organismo, a </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0"> pode estimular neurônios maduros a criarem novos axônios </span><span class="cf1">– fibras que conduzem impulsos el</span><span class="cf0">étricos </span><span class="cf1">–, abrindo assim rotas alternativas para restabelecer a condu</span><span class="cf0">ção de sinais interrompidos pelo trauma. Em lesões recentes, o efeito tende a ser de proteção imediata contra o dano; em casos crônicos, pode atuar na regeneração de conexões.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">“É uma molécula de funções primitivas, presente até em esponjas marinhas. Por ser tão onipresente e necessária desde os estágios mais primitivos da vida, deveria ser mais observada e valorizada”, disse Tatiana Coelho de Sampaio, bióloga e professora da UFRJ que pesquisa a proteína há 25 anos, à Veja SP.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"><span class="cf0">Desde 2018, oito pacientes com lesões medulares completas participaram de um estudo acadêmico conduzido pela UFRJ. Cada um recebeu uma única injeção de </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0"> diretamente na medula, em até 72 horas após o acidente. Seis sobreviveram e apresentaram graus distintos de recuperação motora.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">O caso mais emblemático é o de Bruno Drummond de Freitas, que ficou tetraplégico após um acidente de trânsito. Tratado 24 horas depois, começou com movimentos discretos </span><span class="cf1">– como mexer o ded</span><span class="cf0">ão do pé </span><span class="cf1">– e, ao longo de meses de fisioterapia intensiva, recuperou quase toda a mobilidade e voltou a andar e correr.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"><span class="cf1">Outra paciente, a atleta de </span><span class="cf1">rugby</span><span class="cf1"> em cadeira de rodas </span><span class="cf1">Hawanna</span><span class="cf1"> Cruz Ribeiro, sofreu uma queda de dez metros em 2017 que a deixou sem movimentos abaixo do pesco</span><span class="cf0">ço.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"><span class="cf0">Três anos depois, recebeu o medicamento e relatou avanços significativos: recuperação parcial do tronco, melhora da sensibilidade e autonomia para retomar o esporte de alto rendimento.</span></p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0">Também houve relatos de ganhos em pacientes crônicos tratados anos após o trauma. Nesse grupo, os efeitos parecem estar ligados mais à regeneração neuronal do que à proteção imediata. Nos testes com animais, a substância mostrou resposta rápida: ratos voltaram a se mover em 24 horas, enquanto cães com lesões espontâneas voltaram a andar.</p><p class="pf0"><br></p><p class="pf0"></p><p class="pf0"><span class="cf0">A </span><span class="cf0">polilaminina</span><span class="cf0"> começou a ser desenvolvida nos anos 2000, e o registro da patente levou 18 anos. O medicamento é produzido a partir de placentas doadas por mulheres saudáveis acompanhadas durante a gestação.</span></p><p> </p>
Compartilhe
Tags
Polilaminina UFRJ Laboratorio Cristalia Tatiana Sampaio